quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Filtração I - Conceitos Básicos e Recomendações

O que é Filtração?

Uma operação de filtração consiste essencialmente em fazer passar um fluido (líquido ou gás), por um dispositivo (filtro) formado por uma ou mais camadas de materiais diversos, conhecidos conjuntamente como o “meio filtrante”. Essa operação visa obter como produto, o fluido introduzido em estado de maior “pureza”, ou seja mais livre de eventuais agentes “poluentes” (físicos, químicos e biológicos).

Este artigo trata da filtração da água para um aquário, levando em consideração as características e necessidades essenciais desta atividade. Porém, algumas considerações gerais a respeito de filtros utilizados para outras finalidades serão discutidas discutidas no texto.

Tipos de Filtração

Relacionamos e discutimos a seguir as diversas maneiras pelas quais as operações de filtração realizam a tarefa de purificar a água.

Filtração por Gravidade

Pouco utilizado em aquarismo, consiste em introduzir o líquido pela parte superior do recipiente filtrante e deixá-lo escoar através das camadas filtrantes por ação da gravidade. Bastante econômico operacionalmente, é um filtro de ação relativamente lenta, cuja velocidade de filtração depende essencialmente da altura da coluna d’água acima do elemento filtrante, (normalmente areia é utilizada para esta finalidade), da granulometria do mesmo e, claro da quantidade de material em suspensão no líquido que, ao ser retirado, vai gradualmente “entupindo” o filtro, exigindo limpezas periódicas.

Por sua praticidade e baixo custo, esse tipo de filtro é utilizado largamente em estações de tratamento de água para consumo humano, onde filtração em larga escala se torna necessária. A sua ação é basicamente física, retirando do líquido matéria sólida em suspensão (detritos). Um outro exemplo bastante simples e corriqueiro deste tipo de filtro é o filtro de café, feito com um funil de papel ou coador de pano.

Filtração por Circulação Forçada

Este tipo de filtração consiste em “forçar” a passagem do líquido através das camadas filtrantes por meio de bombeamento, para aumentar a velocidade da operação. Este é o principal método utilizado em aquarismo, onde é necessário uma boa capacidade de filtração em pouco espaço, com equipamentos de porte relativamente pequeno, e também uma boa facilidade de controlar ou intervir no filtro a qualquer tempo.

A capacidade final de filtração obtida por este processo depende do poder de compressão da bomba ou estação de bombeamento para gerar o fluxo do líquido, da altura da coluna d’água, e da permeabilidade total da(s) camada(s) de filtração utilizada(s).

Filtração Física (ou Mecânica)

Muito da amônia gerada em um aquário se origina da decomposição de matéria orgânica (restos de comida, excrementos, urina, microorganismos, etc). Se pudermos retirar os detritos do sistema em seu estado macroscópico, antes que comecem a se decompor, estaremos contribuindo antecipadamente para a limpeza química do meio.

A Filtração Física consiste em retirar as impurezas macroscópicas (orgânicas e inorgânicas) existentes em suspensão na água do aquário pelo método simples de passá-la através de um “coador”. Este tipo de filtração não é capaz de retirar bactérias e plâncton de reduzidas dimensões, e muito menos substâncias químicas dissolvidas na água.

Esta é normalmente, a primeira etapa de um processo de filtração, sendo o produto da mesma (água livre de detritos), “entregue” às demais etapas, que assim não correm o risco de sofrer entupimentos físicos.

Diversos materiais podem ser utilizados nessa etapa, tais como esponjas, cartuchos de papel ou fibra, e mantas de material sintético, sendo o mais difundido e utilizado atualmente o Perlon, que pode ser utilizado em camadas, sacos, etc., acomodando-se aos mais diversos tipos de filtro e espaços disponíveis para acomodar esta “camada” da filtração. Trata-se de um material neutro, não interferindo com as características químicas da água, quer pela retirada que pela adição de elementos.

Podemos utilizar mantas de lã acrílica do tipo usado para o estofamento de móveis em lugar do perlon, para a filtração física. Este material deve ser limpo a cada 15/30 dias dependendo da capacidade do filtro x volume do aquário, e trocado a cada 3 meses aproximadamente. Obviamente, dependendo das condições locais, este espaçamento entre as datas de manutenção poderá ser modificado.

Nunca deveremos utilizar a lã de vidro verdadeira em filtros, pois esse material solta “farpas” afiadas (virtualmente invisíveis na água), que representam um sério risco de ferimentos para os nossos “pupilos”.

É recomendável manter, no mínimo, dois circuitos de filtração alternativos (particularmente em aquários grandes), para prevenir contra acidentes. Outras vantagens estão no fato de haver captação da água para filtração em mais de um ponto do aquário, e de oferecer maior segurança quanto à proteção das colônias de bactérias, minimizando problemas caso haja a perda acidental de uma das colônias enquanto se faz a limpeza de um filtro. Manter equipamento(s) de reserva, devidamente ciclados, é uma alternativa válida para quem tem muitos aquários, ou aquários pequenos. Em aquários com injeção de CO2 deve-se procurar agitar a água o menos possível, para não provocar a liberação do CO2 dissolvido.

Filtração Biológica

Esta é a denominação que se dá às ações nitrificante e desnitrificante proporcionadas pelas colônias de bactérias, fundamentais para a saúde do nosso mini ecossistema. Conjuntamente, as bactérias existentes no aquário (paredes, substrato, plantas, água, etc.), e no filtro biológico atuam permanentemente de modo a manter em equilíbrio o meio que, sem sua presença rapidamente se tornaria inabitável.

Existem na Natureza vários tipos de bactérias capazes de decompor a amônia em compostos menos tóxicos (Nitritos e Nitratos). Elas existem naturalmente no meio ambiente (substrato, plantas, água, etc.), e não necessitamos nos preocupar em adicioná-las a nossos aquários. A própria Natureza se encarregará disso para nós. Bastará deixar um aquário recem-montado em repouso (com a circulação de água ativa) por algum tempo, que as colônias de bactérias crescerão e se estabelecerão naturalmente por toda a parte, prendendo-se em paredes, cascalho, rochas, plantas, nos elementos do filtro, enfim em toda e qualquer superfície submersa (até nos próprios peixes e outros organismos).

Estudos recentes mostram que a absorção da amônia pelas plantas aquáticas é muito mais rápida que a absorção dos nitratos, existindo essencialmente uma competição entre plantas e bactérias pela amônia dissolvida. E que as plantas necessitam basicamente desdobrar nitritos e nitratos em amônia que será então absorvida.

As colônias de bactérias necessitam essencialmente de: um local para se fixarem, e nutrientes (Nitrogênio e Oxigênio) para viver. Para a fixação das colônias de bactérias, são utilizados com freqüência anéis de cerâmica porosa ou também as bio-balls, que proporcionam uma grande superfície (externa e interna) possibilitando o estabelecimento de grandes quantidades de colônias de bactérias.

Para a filtragem biológica, podemos substituir os anéis de cerâmica, ou as bio-balls, por pedaços (cacos) de cerâmica porosa, obtidos a partir de velas de filtro quebradas (porém não devemos usar as que têm prata em suas paredes internas, pois este é um elemento, prejudicial ao desenvolvimento das colônias de bactérias). Durante a manutenção do filtro deve-se procurar manter úmidos os seus componentes (anéis, cacos de cerâmica, etc.), mantendo-os mergulhados em água, (de preferência retirada do próprio aquário).

Podemos também utilizar mantas de espuma de malha aberta, do tipo utilizado em filtros de aparelhos de ar-condicionado, como elemento de fixação das colônias (na manutenção esta espuma deve ser lavada apenas com água desclorada, e não muito ativamente, para não prejudicar as colônias).

Nunca devemos trocar integralmente (a menos de acidentes por contaminação bacteriana), todos os elementos da filtragem biológica ao mesmo tempo. Quando necessário é recomendável fazer a troca por partes (duas trocas de 50% em 30 dias, ou três de 33% com intervalo de 15 dias).

Não mais utilizar os FBF (Filtros Biológicos de Fundo), considerados hoje mais como causadores de complicações do que utilidade.

A filtragem biológica é normalmente feita após a filtragem física, dessa maneira as colônias de bactérias receberão uma água já livre de detritos, para “trabalhar”, reduzindo-se assim o risco de entupimento dos poros dos elementos de cerâmica.

Se a filtração biológica é capaz de resolver o problema da intoxicação do meio, por que, então, necessitamos de outros tipos de filtração ?

A filtração biológica ocorre a uma velocidade relativamente lenta comparada com os outros métodos. Assim sua utilização de modo isolado limitaria bastante a quantidade de peixes que poderíamos colocar no ambiente. Por isso ela é normalmente complementada por outros tipos de filtração que reforçam a capacidade de estabilização do meio.

Filtração Química

Filtração Química é a remoção de substâncias dissolvidas na água do aquário a nível molecular. Estas substâncias, quanto à sua natureza, podem ser polarizadas (íons) e não polarizadas (moléculas). O método mais empregado para este tipo de filtração consiste em passar a água por uma camada de Carvão Ativado (CA), que é mais eficiente para a remoção de moléculas, mas que funciona também com alguns íons.

O CA pode conter elevados níveis de fosfato (nas cinzas internas), que poderá ser dissolvido na água do aquário. Isso é particularmente nocivo ao aquarismo marinho, mas também não é bom para os aquários de água doce. Portanto, ao adquirirmos CA deveremos dar preferência aos especificamente produzidos para utilização em aquários.

Este problema pode ser diminuído fazendo-se a imersão prévia do CA em água limpa (renovada), algum tempo antes de sua utilização (2 a 3 semanas). Com isso estaremos fazendo uma dissolução prévia do fosfato e outros materiais, porventura existentes, atenuando seus efeitos.

Existe por parte de alguns aquaristas uma preocupação em relação à adsorção pelo CA de nutrientes minerais vitais requeridos pelo ecossistema do aquário. Ocorre que o esgotamento de nutrientes minerais é algo que ocorrerá tanto em aquários plantados como em aquários marinhos pelo consumo dos organismos vivos, e isso ocorrerá com ou sem a presença do CA no sistema. Considera-se que os ganhos proporcionados por sua utilização são suficientemente grandes em relação aos “prejuízos”, para justificar plenamente sua utilização.

A utilização do CA deve ser suspensa enquanto estivermos administrando algum medicamento, adubação química, etc., na água, pois o CA poderá absorver da água os remédios ou alguns produtos químicos de maneira seletiva, prejudicando os resultados pretendidos.

CA já utilizado pode ser (parcialmente) reativado domesticamente aquecendo-o no forno a cerca de 150 oC e lavando-o em água pura sucessivamente. Através deste processo será feita a eliminação dos gases aprisionados, permanecendo porém no interior dos poros as moléculas de material mais pesado (ex.: metais tóxicos), que não serão eliminadas pelo aquecimento, razão pela qual este procedimento é contra-indicado em aquarismo. Apenas em laboratórios, com equipamentos adequados e testes apropriados a recuperação poderá ser feita com segurança.

Felizmente o custo do CA é suficientemente reduzido, possibilitando-nos usá-lo em quantidades razoáveis. É recomendável lavar bem o carvão antes de utilizá-lo, para remover o pó que sempre se acumula em sua superfície.

Quanto de CA utilizar é uma recomendação difícil de ser feita, mas se verifica que a utilização de quantidades menores, com trocas mais freqüentes funciona melhor do que o oposto. Como ponto de partida, experimente usar 250 ml (1 copo de requeijão) para cada 150 litros de água, fazendo trocas mensais do CA. Não se deve utilizar carvão comum (vegetal ou animal) em substituição ao Carvão Ativado.

Além do CA diversos outros materiais foram desenvolvidos para a filtragem química. Um deles é a argila de zeolita, capaz de remover amônia da água. Útil para emprego por curtos períodos, pode se tornar prejudicial a longo prazo. Interfere também na ciclagem de aquários novos, impedindo a formação das colônias de bactérias.

Outro tipo de substâncias, relativamente recentes, que podem ser utilizadas para a filtração química são as Resinas Deionizadoras, formadas por materiais (há diversos tipos), que possuem a capacidade de retirar (absorver) íons dissolvidos na água. São bastante eficientes, mas possuem atualmente custos bem mais elevados do que o CA, possuindo porém em alguns casos a capacidade de absorver substâncias sobre as quais o CA não tem capacidade de adsorção.

Os filtros do tipo Skimmer possuem pronunciada atuação na remoção de detritos químicos, sendo hoje largamente utilizados em aquarismo marinho.

Ordem das Seções na Filtração

Foi dito anteriormente que a ordem de filtração é normalmente feita com a seção de filtração física posicionada em primeiro lugar em relação ao fluxo de água. Isso não é absolutamente verdadeiro, pois há sistemas de filtração (inclusive comerciais), em que a ordem das seções filtrantes é diferente, por exemplo, com a seção responsável pela filtração biológica posicionada no início do percurso da água a ser filtrada.

Há defensores de diferentes métodos, baseados em diferentes motivos. O interessante e importante é que todos os métodos funcionem bem, havendo com certeza outros mais que poderão ser utilizados com bons resultados.

Observe que, além das três categorias de filtração acima (física, biológica e química), outras seções complementares poderão ser adicionadas a um filtro em operação, conforme a necessidade e desde que a sua configuração física assim o permita, por exemplo, uma seção contendo material alcalinizante poderia ser incorporada temporariamente em aquários que estejam necessitando deste tipo de correção.

Outra seção que poderia ser útil poderia ser preenchida por fibras de xaxim, turfa ou similares, que tem a ação de acidificar levemente a água, com um efeito “envelhecedor” adicional.

Ou seja, há uma grande diversidade de materiais filtrantes e auxiliares disponíveis e eles podem ser usados de várias maneiras para atingirmos os objetivos desejados. Poderíamos por exemplo, compor um filtro destinado ao tratamento preliminar da água da torneira, dispensando (ou complementando) a utilização dos produtos químicos normalmente usados para essa finalidade.

Fluxo da Filtração

Recomenda-se como parâmetro geral para o fluxo de circulação da água pelos filtros, um fluxo horário de 5 a 10 vezes a capacidade bruta do aquário (litros/hora). Estes valores são recomendáveis como referências iniciais seguras, particularmente para filtros do tipo externo de pendurar (power filters), cuja capacidade em termos de quantidade de mídia filtrante é pequena em comparação com outros tipos de filtro. Para outros tipos de filtro (canister, dry-wet, etc.) o fluxo de água ideal poderá variar conforme o caso, pois sua maior capacidade em termos de mídia pode compensar com sobras uma eventual redução no fluxo de água.

Mais adiante discutiremos alguns fatores que exercem influência complementar (positiva ou negativa) no tratamento da água de um aquário, agindo simultaneamente à filtração. Avaliando criteriosamente o comportamento de um setup estabilizado poderemos sintonizar melhor sua filtração em função de suas características específicas.

Glossário Aquarístico

Um guia de referência rápida para expressões comumente usadas por aquaristas...


Absorção – É a capacidade de um sólido em fixar um gás ou um líquido, ou a de um líquido em fixar um sólido. A substância absorvida se infiltra na substância que a absorveu. Ex:. uma esponja absorve água.

Adsorção – Ligação ou retenção de moléculas ou íons nas superfícies de partículas sólidas, causado por cargas eletrônicas nessas superfícies. Ex: o carvão ativado adsorve vários elementos e moléculas.

Aclimatação – Processo de ajustamento gradual de um tipo de água para outro, para que o peixe não sofra choques de temperatura, pH, salinidade, etc. ao ser transferido.

Ácida/Acídica – Água ou solução com pH abaixo de 7,0.

Ácidos – Compostos contendo o íon H+ e que liberam este íon quando dissolvidos na água.

Actínica – Lâmpada fluorescente que emite naturalmente uma luz azulada, usada principalmente para realçar o tom azul e dar a impressão de ambiente marinho.

Adiposa – Veja Nadadeira Adiposa.

Aeração – Introdução de oxigênio (O2) na água do aquário através de bombas de ar ou bombas submersas.

Aeróbico – Processo ou ambiente onde há abundância de oxigênio. Também diz-se do organismo que prolifera neste ambiente.

Água Dura – Água que contém uma quantidade relativamente grande de íons e minerais dissolvidos nela, principalmente Carbonatos de Cálcio e Magnésio.

Água Mole – Água que contém uma quantidade relativamente pequena de íons e minerais dissolvidos nela, por exemplo, água destilada ou deionizada.

Água Salobra – Água que contém uma quantidade de sal dissolvido intermediária entre água doce e água do mar, comum nos estuários de rios.

Água Verde – Água com grandes concentrações de algas Diatomáceas, ideal para alimentação de alevinos e alimentos vivos aquáticos. Em aquários comuns indica excesso de nutrientes na água. Veja Diatomáceas.

Albino – Animal caracterizado pela ausência de pigmentação na pele, geralmente apresenta-se branco com olhos avermelhados.

Alcalinizante – Material ou solução com características que tendem a alterar o pH fazendo-o subir, frequentemente aumentando também a dureza da água.

Algas – São seres aquáticos e autotróficos (que produzem energia para sobreviver) pela fotossíntese, sendo em sua grande maioria seres unicelulares.

Alcalina – Também Básica. Água ou solução com pH acima de 7,0.

Alcalinidade – também Poder Tampão. Representa a capacidade de uma água de resistir a variações de pH, através de certas reações de equilíbrio dos íons tamponadores dissolvidos nela.

Alevino – Peixe recém nascido.

Amônia – Gás com fórmula NH3 que é um dos primeiros produtos da decomposição de matéria orgânica, e é bastante tóxico para peixes e outros animais, aquáticos ou não.

Amônio – Íon (NH4)+ que normalmente se forma quando a amônia está dissolvida na água.

Ampulárias – Caramujos de água doce.

Anabantídeos – Grupo de peixes asiáticos, dentre os quais estão os bettas, tricogásters, colisas e beijadores. A maioria tem um órgão na cabeça chamado labirinto, que lhes permite absorver oxigênio diretamente do ar, perto da superfície.

Anaeróbico – Processo ou ambiente onde há muito pouco ou nenhum oxigênio. Também diz-se do organismo que prolifera neste ambiente.

Anual – Veja Killifish.

Aquapaisagismo – Arranjo decorativo de plantas aquáticas/anfíbias dentro de um aquário, paludário ou lago.

Aquário Biótopo – Aquele que procura reproduzir um determinado nicho ou habitat existente na natureza, em termos das características físicas, visuais e de espécies encontradas. Veja também Biótopo.

Aquário Natural – Conceito de aquário plantado onde se procura recriar alguma paisagem natural idealizada (não necessariamente aquática), próximo ao conceito de jardinagem japonesa.

Aquário Holandês – Conceito de aquário plantado onde se procura criar um aspecto de jardim planejado ou arranjo de plantas, ao estilo de jardinagem holandesa/francesa.

Aquário Hospital – Aquário, normalmente equipado apenas com aerador e aquecedor, onde peixes doentes podem ser isolados para receber tratamento adequado.

Aquário Marinho – Aquário que simula a água do mar na temperatura, salinidade, densidade, pH, KH e demais parâmetros próximos a dos oceanos.

Aquário de Recife – aquário marinho que simula o ambiente semelhante aos recifes de corais, em especial quanto a iluminação e circulação forte.

Aquário Plantado – Aquário onde o foco principal é o cultivo e propagação de plantas aquáticas, como também a recriação de jardins aquáticos ou paisagens naturais.

Aquário de Quarentena – Veja Quarentena.

Aquário Temático – Equivalente menos rigoroso do aquário biótopo, procura reunir peixes e/ou plantas vindos de diferentes biótopos mas de uma mesma região geral, ex. "Tema Amazônico" ou "Tema Sul-Asiático".

Aquecedor – Aparelho usado para aquecer a água do aquário, geralmente composto por uma resistência elétrica embutida em vidro.

Aragonita – Mineral natural à base de Carbonato de Cálcio (CaCO3). Tem características alcalinas e por isso é um bom substrato para aquários marinhos e de ciclídeos africanos.

Areia de Filtro de Piscina – Material inerte de granulometria baixa, favorável para compor o substrato de aquários plantados.

Aroeira – Árvore cujo tronco é utilizado comumente como decoração em aquários, por ser bastante denso e ter uma decomposição muito lenta quando submerso. Também conhecida como urundeúva, aroeira-do-sertão, aroeira-do-campo, aroeira-da-serra, urindeúva, arindeúva.

Artêmia – Pequeno crustáceo (Artemia salina) que vive em águas salobras/marinhas e é um dos mais populares alimentos vivos para peixes. Veja também Ovos de Artêmia.

Ativado – Veja Carvão Ativado.


Banho de Água Salgada – Tratamento preventivo ou curativo baseado no mergulho de um peixe de água doce por alguns minutos em um recipiente com água salgada.

Banho de Água Doce – Tratamento preventivo ou curativo baseado no mergulho de um peixe de água salgada por alguns minutos em um recipiente com água doce.

Barbatana – Veja Nadadeira.

Básica – Veja Alcalina.

Beteira – Aquário geralmente pequeno e/ou compartimentado, onde são mantidos e criados peixes Betta.

Bexiga Natatória – Órgão que auxilia os peixes a manterem equilíbrio e flutuabilidade, através do controle da sua densidade relativa à da água. É um saco de paredes flexíveis, e pode expandir-se ou contrair de acordo com a pressão.

Bio-balls – Grades plásticas em forma de bolinhas que servem de substrato para fixação e desenvolvimento de bactérias aeróbicas, utilizadas em filtros do tipo wet-dry e trickle filter ("cascata").

Biótopo – uma região ou espaço geográfico natural que apresenta característica relativamente uniforme de ambiente e de populações animais e vegetais, das quais é o habitat.

Bio-wheel – Substrato giratório, semelhante a uma roda d'água, para fixação e desenvolvimento de bactérias aeróbicas em filtros externos.

Black Water Extract – Solução comercial que introduz na água do aquário taninas e outras substâncias características de águas moles e ácidas, onde há bastante decomposição de matéria vegetal (como a do Rio Negro).

Bloat – Doença que afeta principalmente os ciclídeos africanos herbívoros, supostamente causada por dieta inadequadamente rica em proteínas.

Blood Worms – Larvas de quironomídeos, verme usado como alimento vivo rico em proteínas.

Bomba de Ar – Equipamento que usa um pequeno motor elétrico e um diafragma de borracha para produzir ar sob pressão, que será injetado no aquário ou num filtro através de mangueiras plásticas.

Bomba Submersa – Equipamento que usa um motor elétrico selado e um rotor acoplado a um ímã, para criar um fluxo de água sob pressão. Usada em filtros ou simplesmente como circuladoras de água no aquário.

Brânquias – ou Guelras, são os órgãos da respiração dos peixes e outros animais aquáticos, ou seja, é nelas que ocorrem as trocas gasosas entre a água e o sangue ou linfa do peixe. Geralmente situadas dentro das duas aberturas logo atrás e abaixo dos olhos.


Pular para: A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M|N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z|
Sugerir Termo(s)

C ou °C – Graus Celsius. Escala de temperatura decimal onde 0°C equivale ao ponto de congelamento da água e 100°C ao ponto de ebulição desta ao nível do mar. Para converter de Celsius para Fahrenheit: (C/5)=(F-32)/9.

CA's – Abreviação de Ciclídeos Africanos, geralmente usado apenas para referir-se aos ciclídeos dos grandes lagos rochosos no leste da África (Malawi, Tanganyika, Vitória).

CAC – Comedor de Algas Chinês, nome comum do Gyrinocheilus aymonieri.

CAS – Comedor de Algas Siamês, nome comum do Crossocheilus siamensis.

CO2 – Fórmula química do gás carbônico, que é um produto final da respiração de seres vivos e também um ítem vital na fotossíntese das plantas.

Canister – Termo inglês que significa "embalagem hermética". Em aquarismo é um filtro externo onde o meio filtrante é acondicionado num vasilhame hermeticamente lacrado. A circulação de água com o aquário é feita por meio de mangueiras e acionada por uma bomba.

Calha – Parte de luminária onde são fixadas as lâmpadas fluorescentes, normalmente confeccionada em material reflexivo.

Camada Fértil – Camada do substrato, geralmente a mais profunda, onde encontram-se os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas aquáticas.

Camada Inerte – Camada superior do substrato geralmente composta de cascalho fino e constituida de material neutro, como areia de filtro de piscina (quartzo moído).

Caracídeos – Grupo de peixes principalmente da América do Sul (mas também da América Central e África) que inclui os tetras, pacus, piranhas, borboletas, lápis e outros. Em geral costumam ter escamas muito diversificadas e uma nadadeira adiposa.

Cardume – Agrupamento de peixes, de uma mesma espécie ou não, que costumam nadar de forma sincronizada. Veja também Grupo.

Carga Biológica – Representa o nível de produção de amônia e outros compostos, gerados pelo conjunto de seres vivos no aquário, que precisará ser processada pela filtragem biológica.

Carvão Ativado – Carvão que passou por um tratamento térmico deixando-o altamente poroso, sendo assim capaz de realizar filtragem química retendo compostos químicos nestas porosidades por adsorção.

Carnívoro – Ser cuja dieta é composta principalmente de carne animal.

Cascalho – Conjunto de pedras granuladas usadas para cobrir o fundo do aquário.

Cascalho Fino – Cascalho que tem tamanho típico do grão (granulometria) da ordem de 1-3 mm.

Cascalho Grosso – Cascalho que tem tamanho típico do grão (granulometria) da ordem de 5-10 mm.

Cascudo – Nome comum de alguns peixes que pertencem à Família Loricaridae (Loricarídeos), que tem casca grossa ou pele dura. Veja também Pleco.

Cerâmica (Anéis de) – Material poroso utilizado em filtros para a fixação das bactérias benéficas atuantes no ciclo do nitrogênio.

Ciclagem – Período inicial de formação da colônia de bactérias que realizarão a filtragem biológica no novo aquário, geralmente levando de 2 a 6 semanas para completar-se. Veja este artigo.

Ciclagem Sem Peixes – Método moderno que usa uma fonte de amônia para dar início à ciclagem, e testes químicos de NH3 e NO2 para acompanhar a evolução desta, evitando assim submeter peixes às toxinas e ao stress inevitável quando eles estão presentes em um aquário que ainda está ciclando.

Ciclado – Diz-se do aquário que já formou a colônia inicial de bactérias nitrificantes, estando assim apto a receber gradativamente os primeiros peixes e outros seres como habitantes.

Ciclo do Nitrogênio – Processo no qual os compostos nitrogenados vão transformando-se em outros compostos nitrogenados através da ação de microorganismos. Veja este artigo.

Circulação – Movimentação de água dentro de um aquário, geralmente com o objetivo de simular uma correnteza e/ou enriquecer o teor de oxigênio na água através do maior contato de toda ela com a superfície.

Cloramina – (NH2Cl). Substância composta por cloro e amônia utilizada por algumas empresas de água e esgoto no lugar de cloro, por ser mais estável e ter efeito mais duradouro. É um sério problema para aquaristas, requerendo neutralizadores que ajam não só sobre o cloro (à base Tiosulfato de Sódio) mas também sobre a amônia para não elevar o nível de toxinas e poluentes nitrogenados na água do aquário.

Cloro – Elemento químico #17, símbolo Cl, mas também refere-se à sua molécula gasosa Cl2. É dissolvido em água encanada nas estações de tratamento para torná-la potável aos humanos, mas é tóxico para os peixes e por isso precisa ser retirado antes de usar no aquário.

Coleta – Ato de capturar animais e plantas vivas em rios, lagos e mares, para serem distribuídos e comercializados no hobby.

Coluna D'Água – Distância vertical entre a superfície da água e o fundo.

Comunitário – Aquário destinado a abrigar variadas espécies de boa convivência. Diz-se também do peixe adequado a este tipo de aquário.

Condicionador – Aditivo de água destinado a alterar alguma propriedade dela para torná-la ideal a determinado grupo de peixes.


DI – Deionizador. Elemento filtrante que retira íons dissolvidos na água.

DIY (Do It Yourself) – Faça Você Mesmo (FVM). Termos usados para representar projetos e soluções caseiras na montagem de aquários, equipamentos e acessórios.

Dry/Wet – Veja Wet/Dry

Dáfnia – Conhecido popularmente como pulga d'água, são pequenos crustáceos que medem de 2 a 4 mm de comprimento, usados como alimento vivo para peixes. São ricos em iodo, fósforo e cálcio e têm ao alto valor de vitamina A.

Densidade Específica – Relação entre a massa de um material ou solução, e a massa de uma mesma quantidade de água pura em determinada temperatura. A gravidade específica da água a 4ºC é de 0,999973 g/cm3.

Desnatador de Espuma – Veja Skimmer

Desova – Colocação dos ovos pela fêmea, geralmente seguida pela fecundação destes pelo macho.

Diapausa – Capacidade ainda não completamente compreedida dos ovos de algumas espécie de permanecerem adormecidos (sem desenvolvimento) durante um longo período de tempo, sendo subtamente reativados por mudanças climáticas ou biológicas.

Diatomáceas – Algas clorofiladas verdes ou pardas, microscópicas, que fazem parte do fitoplâncton. Em condições favoráveis (geralmente desequilíbrio biológico no aquário, excesso de fosfatos, etc.) têm crescimento acelerado e deixam a água verde e opaca.

Dimorfismo Sexual – Distinção de cor, padronagem, tamanho e/ou forma entre ambos os sexos de uma mesma espécie. Note que a palavra correta é Dimorfismo e não Diformismo.

Diurno – Animal cuja fase mais ativa encontra-se no período do dia em que a claridade do sol se faz presente.

Dolomita – Mineral cristalizado composto de Carbonato de Cálcio e Magnésio, usado na forma de cascalho ou pedras maiores para alcalinizar o pH e como decoração.


Elementos Traços – Elementos químicos usados em quantidades pequenas pelas plantas, também conhecidos como micro-nutrientes. Apesar disso, se faltarem podem tornar-se limitantes no crescimento das plantas e até mesmo matá-las. Elementos traços: Cloro, Boro, Cobalto, Cobre, Ferro, Manganês, Sódio, Niquel, Silício, Molibdênio e Zinco. Veja este artigo.

Endoparasita – Parasita que vive dentro do corpo do peixe/hospedeiro.

Enquitréias – Pequenos vermes de cor branca, com até 2 cm de comprimento e 2 mm de espessura, cultivados em recipientes preparados e usadas na alimentação de peixes ornamentais. Têm grande valor energético pois são ricas em gorduras e por isso devem ser usadas apenas como complemento da dieta.

Escola – Veja Cardume.

Escolar – Nadar em Cardume.

Espirulina – Designação de algas cianofíceas do gênero Spirulina, com espécies tanto dulcícolas quanto marinhas, com talo em forma de filamento helicoidal, utilizadas como complemento alimentar por serem ricas em proteínas e sais minerais.

Esponjas(1) – Invertebrados (na sua grande maioria marinho) que alimentam-se por filtração, bombeando a água através das paredes do corpo e retendo as partículas de alimento nas suas células.

Esponja(2) – Material plástico flexível e poroso, usado comumente como meio filtrante em filtros para aquários.

Explosão de Algas – Termo normalmente empregado pelo aquarista quando, devido a algum desequilíbrio no aquário, este é tomado por um ou mais tipos de alga proliferando em grande quantidade no ambiente.


FBF – Filtro Biológico de Fundo – Sistema de filtragem interna que consiste em criar um fluxo d'água passando pelo substrato do aquário (onde são retidos os resíduos e realizada a filtragem biológica) e saindo por uma ou mais torres.

FBF Reverso – FBF onde o fluxo é revertido em relação ao sentido usual, ou seja, a água entra pelas torres e sai pelo substrato.

FVM – Faça Você Mesmo. Veja DIY.

Ferro (Fe) – Um dos mais importantes micronutrientes para as plantas, age como catalisador de diversas reações químicas nos vegetais. Veja Elementos Traços.

Fertilizante – Conjunto de compostos químicos ou orgânicos que visam suprir as deficiências no aquário dos nutrientes vitais ao bom desenvolvimento dos vegetais.

Filtragem Biológica – Aquela realizada na presença de oxigênio por colônias de organismos vivos (normalmente bactérias nitrificantes) fixadas em meios filtrantes de grande superfície como esponjas, anéis cerâmicos e cascalhos.

Filtragem Química – Aquela feita por meios filtrantes como Carvão Ativado ou Resinas Iônicas, que retiram resíduos de nível molecular como poluentes qúimicos e medicamentos.

Filtragem Mecânica – Aquela onde os resíduos mais grosseiros são retidos fisicamente por meios filtrantes como a lã de perlon ou esponjas.

Filtro – Aparelho que purifica a água do aquário, retirando desta compostos nocivos aos seus habitantes.

Filtro de Areia – Filtro biológico baseado na passagem da água por areia em suspensão, cuja grande superfície total é favorável à fixação de bactérias.

Filtro de Placas – Veja FBF.

Filtro Externo – Filtro acoplado do lado de fora do aquário, geralmente pendurado sobre a borda deste.

Filtro Interno – Filtro que se mantém inteiramente submerso dentro do aquário.

Filtro UV – ou Filtro Esterilizador UV. Filtro que consiste em fazer a água circular em um recipente fechado que é iluminado por uma lâmpada UV, cuja radiação tem ação esterilizante eliminando esporos e cepas de algas, bactérias e demais microorganismos. Veja UV.

Fitoplâncton – Vegetais microscópicos em suspensão na água.

Fluorescente – Veja Iluminação Fluorescente

Fluvial – Pertencente ou referente a um rio.

Fosfato – Íon ou composto contendo fósforo e oxigênio, importantes nutrientes para plantas mas que em excesso causam surtos de algas no aquário.

Fotossíntese – Processo pelo qual os vegetais, na presença de luz, fixam o CO2 em compostos orgânicos, liberando O2.


GH – Dureza Geral ou Total. Quantifica a concentração de minerais dissolvidos na água, principalmente Cálcio e Magnésio.

GPH – Galões por Hora. Unidade de vazão/circulação comumente usada em filtros e bombas de origem americana. Equivale a 3.78541 Litros por Hora (L/H).

Galão – Unidade de volume. Um galão americano (US-gal) corresponde a 3,78541 litros (L) e um galão inglês (B-gal) corresponte a 4,546 litros (L).

Gonopódio – Nadaderia anal transformada em órgão reprodutor masculino nas espécies vivíparas como Guppies, Molinésias, Espadas e Platis.

Gram-negativo/Gram-positivo – Classificação das bactérias (Eubactérias), com base em sua resposta ao Teste de Gram, em decorrência das características de sua parede celular.

Gravidade Específica – Veja Densidade Específica.

Grupo – Conjunto de peixes que apreciam a companhia de semelhantes, mas sem nadar de forma tão sincronizada como Cardumes.

Guelras – Veja Brânquias.


HOHigh Output. Lâmpada fluorescente de potência acima do padrão para seu comprimento.

HQI – Lâmpada cuja luz é produzida pela passagem da corrente elétrica através de um vapor de gás sob alta pressão.

Halógeno(a) – veja Iluminação Halógena.

Haps/Haplocromídeos – Grupo de peixes dos lagos Malawi e Victoria na África Oriental, que vivem afastados da costa e tem como característica principal o fato de viverem em cardumes, freqüentemente formado por diversas espécies e comumente possuindo milhares de indivíduos em uma mesma região.

Herbívoro – Que tem a alimentacão principal à base de vegetais e/ou algas.

Hidropsia – Também barriga d'água. A Hidropsia não é uma doença, mas um conjunto de sintomas e sinais que surgem no decorrer de certas doenças. Veja este artigo.

Holandês – veja Aquário Holandês.

Hospital – veja Aquário Hospital.

Híbrido – Indivíduo (animal ou vegetal) originado a partir da reprodução entre duas ou mais espécies biológicas distintas.

Hidrômetro – Aparelho que mede a vazão de líquidos.

Hitech – Aquários que fazem uso de equipamentos e acessórios sofisticados.

Húmus – Adubo resultante do metabolismo de minhocas. Quando tratado devidamente pode ser usado na camada fértil de um substrado de aquário plantado.


Pular para: A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M|N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z|
Sugerir Termo(s)

Íctio – Doença decorrente da infestação dos peixes pelo protozoário Ichthyophtirius multifiliis, também chamada ictioftiríase ou "doença dos pontos brancos".

Iluminação Fluorescente – Gerada por lâmpadas em que a luz é produzida pela passagem de uma corrente elétrica através de gases em baixa pressão dentro de tubos lacrados. As moléculas excitadas dos gases emitem luz ultra-violeta, que é convertida em luz visível ao atravessar o revestimento do tubo, feito de pó fosforoso de variadas formulações.

Iluminação Halógena – Gerada por lâmpadas constituidas de um filamento metálico (tungstênio) que emite luz pela passagem de corrente elétrica. Por ação dos gases contidos no bulbo e da corrente elétrica, parte das partículas desprendidas do filamento são novamente regeneradas no filamento.

Iluminação Incandescente – Gerada por lâmpadas constituídas de um bulbo evacuado contendo um filamento metálico que, ao receber uma corrente elétrica, atinge elevadíssimas temperaturas e "incandesce", emitindo calor e luz.

Incandescente – veja Iluminação Incandescente.

Infusórios – Minúsculos organismos (protistas e alguns nematóides, briozoários e rotíferos) encontrados em infusões de material orgânico decomposto, e normalmente utilizados na alimentação de alevinos.

Invertebrados – Animais multicelulares que não têm coluna vertebral.



K / Kelvin – Unidade de temperatura no sistema internacional (SI): K = °C (Celsius) + 273.15. Também usada para descrever a Temperatura de Cor de uma fonte luminosa.

KH – Dureza de Carbonatos. Quantifica a concentração dos íons HCO3- e CO32- na água.

Killifish – Peixes da ordem dos Ciprinodontiformes, geralmente pequenos e coloridos, lançam seus ovos em substratos ou em plantas flutuantes. Existem os anuais ou os não anuais, sendo que o primeiros caracterizam-se pela Diapausa no desenvolvimento dos ovos. Veja Diapausa.


L/H ou LPH – Litros por Hora. Unidade de vazão usada para caracterizar o poder de circulação de bombas e filtros de aquário.

Labirintídeo – Veja Anabantídeo.

Labirinto – Órgão presente nos peixes da família Anabantidae, altamente vascularizado, assemelhando-se a uma árvore. É uma modificação das brânquias que permite aos Anabantídeos retirar oxigênio diretamente do ar atmosférico (na superfície).

Lacustre – Pertencente ou referente a um lago.

Laterita – Mineral natural rico em ferro e abundante no Brasil, usado como parte do substrato de aquários plantados.

Linhagem – Padrão de cores e formas bem definidas dentro de uma mesma espécie de peixe, equivale às "raças" dos cães e gatos.

Loricarídeos – Grupo de peixes de fundo da família Loricariidae, que inclue os Cascudos e Otocinclus.

Lowtech – Aquários que não fazem uso de equipamentos e acessórios sofisticados.


Macronutrientes – Elementos químicos que um ser vivo necessita absorver em grande quantidade (além dos óbvios C, O, H). No caso de plantas aquáticas os mais importantes são N, P, K, e em menor grau Ca, Mg e S.

Micronutrientes – Elementos químicos que um ser vivo necessita absorver em pequena quantidade. No caso de plantas aquáticas os mais importantes são Fe, Mn, Cu, Zn, Mo, B.

Marinho(a) – Pertencente ou referente a um mar ou oceano.

Mbuna – Pronuncia-se "Ambuna". A palavra tem origem no dialeto Chitumbuku falado ao norte do Malawi e significa "peixe das rochas". Grupo de peixes encontrados a profundidades entre 0,5 e 40 metros ao longo de toda costa rochosa do lago Malawi. São os mais populares nos aquários de Ciclídeos Africanos.

Medusa – Forma livre (móvel) dos Cnidários (Águas-vivas, Caravelas, Hydras)

Meio Filtrante – Material utilizado para realizar um ou mais dos diferentes tipos de filtragem de um flúido.

Microvermes – São nematódeos com tamanho entre 1 e 3 mm de comprimento, excelentes como alimento vivo para alevinos.

Muco Protetor – Camada oleosa transparente que cobre toda a superfície externa de um peixe e ajuda a protegê-lo contra parasitas.


NO - Normal Output. Lâmpada fluorescente de potência comum (padrão).

NH3 – Veja Amônia.

NO2 – Veja Nitrito.

NO3 – Veja Nitrato.

NPK – Conteúdo relativo de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) de um fertilizante.

Nadadeira Adiposa – Pequena nadadeira situada na parte de cima de alguns peixes (como os tetras) entre as Nadadeiras Dorsal e a Caudal.

Nadadeira Anal – Nadadeira na região ventral (parte de baixo do peixe), logo atrás do ânus.

Nadadeira Caudal – Nadadeira na extremidade posterior (traseira) do corpo do peixe, também conhecida popularmente como Cauda o Rabo.

Nadadeira Dorsal – Nadadeira (podem ser até três), situadas no dorso do peixe (parte de cima logo atrás da cabeça).

Nadadeira Peitoral – Par de nadadeiras com a base situada na lateral do corpo, logo atrás das guelras. É a nadadeira que mais se movimenta na maioria dos peixes.

Nadadeira Pélvica/Ventral – Par de nadadeiras localizadas na parte de baixo do corpo, logo à frente do ânus.

Nano – Aquário avançado de dimensões reduzidas (tipicamente 30 L ou menos).

Ninho – Estrutura construída ou local escolhido por animais para colocarem seus ovos e fornecerem proteção aos recém-nascidos.

Ninho de Bolhas – Ninho formado por alguns anabantídeos na superfície da água, soltando bolhas de misturadas com um muco onde os ovos irão fixar-se.

Nitrato – Íon (NO3)-. Tende a acumular-se na água do aquário como produto final da filtragem biológica, sendo normalmente retirado através de trocas parciais

Nitrito – íon (NO2)-. Produto do consumo de amônia pelas bactérias Nitrossomonas, é tóxico para plantas e peixes, mas em aquários equilibrados é transformado em Nitrato pelas bactérias Nitrobacter.

Nome Comum – Nome popular ou comercial pelo qual uma espécie costuma ser referida.

Nome Científico – Identificação científica de uma espécie por meio de dois nomes em latim ou latinizados: o gênero (com primeira letra maiúscula) seguido da espécie (em letras minúsculas). Ex: Betta splendens.

Noturno – Animal cuja fase mais ativa se encontra no período em que não há claridade do Sol.


Ofegante – Peixe que apresenta dificuldades para respirar, movendo as guelras rapidamente.

Onívoro – Ser cuja dieta regular é composta tanto de matéria animal como vegetal.

Ovíparo – Animal cujos embriões se desenvolvem dentro de um ovo sem ligação com o corpo da mãe.

Ovovivíparo – Animal cujos embriões se desenvolvem em um ovo alojado dentro do corpo da mãe, recebendo proteção desta mas desenvolvendo-se a partir de material nutritivo próprio.

Ovopositor / Ovipositor – Genitália externa das fêmeas de algumas espécies, responsável pela postura de ovos.

Ovos de Artêmia – São pequenos ovos do crustáceo Artemia salina que permanecem em diapausa e são comercializados secos. Eclodidos, eles geram os Cistos de Artêmia, excelentes para nutrição de alevinos e peixes de pequeno porte.


PO4 – Veja Fosfato.

pH – Potencial de hidrogênio iônico (H+). É uma escala indicadora da acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.

PPM – Parte Por Milhão. Unidade usada para quantificar pequenas concentrações de uma substância misturada ou dissolvida em outra. Para soluções aquosas geralmente equivale a 1 mg/L.

Paisagismo Aquático – Veja Aquapaisagismo.

Paludário – Montagem de aquário não convencional composta de uma parte submersa e outra emersa. Também chamado Aquaterrário.

Parâmetros da Água – Conjunto de grandezas fisico-químicas relevantes para caracterizar as propriedades da água de um aquário. Exemplos: Temperatura, pH, KH, GH, NH3, NO2, NO3, Salinidade, etc...

Pedra Porosa – Feita de material mineral neutro ou de madeira prensada, é usada para quebrar os gases injetados no aquário (Ar, CO2) em bolhas pequenas, otimizando a dissolução dos gases.

Piscívoro – Predador que come peixes vivos como dieta preferida.

Plâncton – Conjunto do fitoplâncton e do zooplâncton. Microorganismos aquáticos flutuantes muito importantes na cadeia alimentar e no equilíbrio ecológico.

Pleco – Abreviação de Plecostomus, antigo gênero ao qual os cascudos Hypostomus pertenciam. Hoje é usado como sinônimo de Cascudo para referir-se à maioria dos Loricarídeos.

Pólipo – Forma séssil (imóvel) dos Cnidários (Águas-vivas, Caravelas, Hydras).

Poder Tampão – Veja Alcalinidade.

Pulmonado – Nome atribuído a peixes que possuem respiração pulmonar (lungfishes em inglês) como a pirambóia.


Quarentena – Período de isolamento e observação de animais (geralmente os recém-adquiridos) em um aquário separado, para salva-guarda contra introdução de doenças no aquário principal.

Quelado – Também Quelatado. Quelar refere-se à capacidade de se manter um mineral disponível para processos orgânicos, antes que o mesmo se torne indisponível devido a processos inorgânicos.


R/O ou ROReverse Osmosis = Osmose reversa. Sistema que faz que água pressurizada transpor uma membrana retentora de íons dissolvidos, resultando numa água de alta pureza.

Reator (1) – dispositivo que favorece a reação de dissolução de determinado composto na água do aquário. Os mais comuns são o Reator de CO2 e o Reator de Cálcio.

Reator (2) – Equipamento eletrônico usado na montagem de lâmpadas fluorescentes e outras.

Reef – Recife de corais natural, ou aquário que procura simular um.

Refúgio – Caixa ou aquário conectado ao aquário principal, que serve para o desenvolvimento de fauna sem que haja predação, permitindo assim que haja uma fonte constante de alimentação viva.

Reverso – Veja FBF Reverso.

Rizoma – É o caule subterrâneo, rastejante ou epífido de algumas espécies de plantas, rico em reservas e de onde são emitidas folhas e raízes.

Rocha Viva – Esqueletos de corais impregnados com microorganismos marinhos capazes de realizarem filtragem biológica.


Pular para: A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M|N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z|
Sugerir Termo(s)

Sal grosso – Cloreto de sódio ou simplesmente Sal comum em forma bruta, o mesmo usado para churrascos, com ou sem adição de Iodo.

Salinidade – Medida da quantidade de sais dissolvidos em um volume de água.

Salobra – Água que tem salinidade intermediária entre a água doce e a dos oceanos, geralmente encontrada em estuários de rios

Sifão – Tubo conectado a uma mangueira para alcançar o fundo do aquário, permitindo uma melhor sifonagem.

Sifonagem – Sucção (por mangueira ou equivalente) dos detritos que encontram-se depositados sobre e/ou dentro do substrato. É um procedimento fundamental para quem usa FBF, e geralmente é feita no momento de realizar as trocas parciais.

Skimmer – Também Desnatador de Proteínas ou de Espuma. Dispositivo de filtragem que, através da formação de espuma, retira diversos compostos orgânicos em suspensão na água salgada. Não funciona em água doce devido à sua baixa densidade específica.

Spirulina – Veja Espirulina.

Stress – Tensão/Nervosismo resultante de estar-se vivendo sujeito a condições desfavoráveis por períodos extendidos. Animais estressados apresentam comportamentos anormais, ficam imunologicamente debilitados e suscetíveis a doenças.

Substrato – Camada de cascalho ou areia que tem função bioquímica específica no aquário, como desenvolver raízes de plantas ou alterar/manter pH e dureza da água.

Sump – Caixa de circulação. Sistema de filtragem que utiliza uma caixa externa onde ficam as medias filtrantes (perlon, cerâmica, carvão ativado, areia, etc)


TPA's – Trocas Parciais de Água.

Tamponamento – Veja Alcalinidade.

Termostato – Aparelho usado para manter estável a temperatura em um aquário, geralmente vem acoplado a um Aquecedor.

Trocas D'Água – Veja Trocas Parciais.

Trocas Parciais – Substituição de parte da água do aquário (geralmente entre 10% e 50%) por água nova, previamente tratada, para repor compostos benéficos mas principalmente retirar compostos nocivos à fauna e flora, que tendem a acumular na água com o tempo.

Tronco – Peça de madeira apropriada (ex: Aroeira), devidamente tratada, para uso no aquário como elemento decorativo.

Turfa – Material formado por vegetais em decomposição. Utilizado na camada fértil do substrato ou como acidificante da água do aquário, nos filtros.


UGJ / Under Gravel Jets – "Jatos sob o cascalho". Sistema de circulação que faz a água passar por tubos debaixo do cascalho e sair deste em diversos pontos de circulação deficiente, na forma de jatos. Usado em aquários que exijam intensa movimentação de água, como aquários de Ciclídeos Africanos.

UV – Ultra Violeta. Faixa do espectro luminoso que nós não enxergamos, mas forma grande parte da radiação solar e é nocivo ou fatal a quase todos os seres vivos em altas doses.


VHOVery High Output. Lâmpada fluorescente de potência bem acima do padrão para o seu comprimento.

Variante – Sub-grupo de uma espécie animal ou vegetal com características bem definidas e transmissíveis aos descendentes, mas que não caracteriza nova espécie distinta. Ex: coloração diferente, nadadeiras alongadas, etc.

Vivíparo – Animal cujo embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe, numa placenta que lhe fornece alimento e retira os produtos de excreção.

Volume – Capacidade do aquário em litros. Em aquários comuns pode ser estimado multiplicando seu comprimento, largura e altura em centímetros e dividindo o resultado por 1000.


W/L – Watts por Litro. Unidade baseada no quociente entre o consumo de energia de uma lâmpada fluorescente comum e o volume bruto do aquário, usada para facilitar ao aquarista iniciante o dimensionamento do seu sistema de iluminação com este tipo de lâmpada. Portanto os valores não são válidos para lâmpadas incandescentes, HO's, VHO's e HQI's.

WPG – Watts por Galão. Usado principalmente pelos americanos, equivale a 0,264 W/L.

Wet/Dry – Sistema de filtragem biológica que deixa as bactérias nitrificantes expostas à água e ao ar alternadamente, realizado por exemplo nas bio-wheels, e nos filtros externos tipo sump, onde ocorre a aspersão de água por gravidade sobre bio-balls.


Xaxim – Material vegetal obtido à partir do tronco de Dicksonia sellowiana, ou samambaiuçu, utilizado como meio filtrante e acidificante. Infelizmente esta espécie está ameaçada de extinção, por excesso de coletas para cultivo de orquídeas, bromélias e pteridófitas.



Zooplâncton – Animais microscópicos que vivem em suspensão na água.